Cantora somente conseguiu imprimir a verdadeira personalidade artística no LP ‘Samba eu canto assim’, produzido por Armando Pittigliani em 1965 com música
Segundo documentos enviados pela produtora ao governo do Rio de Janeiro, cantora não fará outro show na América do Sul neste ano. Lady Gaga durante a premie
Capa do álbum ‘...Sweet Edy...’, de Edy Star Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ A morte de Edy Star (1938 – 2025) na madrugada desta quinta-feira, 24 de abril
Rachel Reis canta 15 músicas no segundo álbum, ‘Divina casca’, programado para ser lançado às 21h de amanhã, 15 de abril Érico Toscano / Divulgação ...
Rachel Reis canta 15 músicas no segundo álbum, ‘Divina casca’, programado para ser lançado às 21h de amanhã, 15 de abril Érico Toscano / Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Divina casca Artista: Rachel Reis Cotação: ★ ★ ★ 1/2 ♬ A quarta das 15 músicas do segundo álbum de Rachel Reis – Divina casca, no mundo a partir das 21h de amanhã, 15 de abril, com repertório essencialmente autoral – se chama Jorge Ben. Sem ser tributo explícito ao cantor, compositor e violonista carioca que descortinou admirável mundo novo na música brasileira a partir de 1963, Jorge Ben é ode ao amor feita na forma de samba eletroacústico, conduzido de início pelo violão de Barro e pela percussões de Rafael Peixoto e do mesmo Barro. O título do samba é sintomático porque, em essência, Rachel Reis também descende da matriz da bossa negra de Jorge Ben Jor, um dos pilares da música preta brasileira. Com Divina casca, título que sucede o álbum Meu esquema (2022) na discografia de Rachel Reis, a cantora e compositora baiana se (a)firma no país do suingue tropical, como já sinalizaram os singles Ensolarada (2024) – parceria da artista com RDD, produtor da faixa – e Deixa molhar (2025), este editado em janeiro com música aliciante de Rachel Reis com Bruna Magalhães. Nascida em Feira de Santana (BA) há 28 anos, a nova baiana salpica referências da terra natal ao longo das 15 faixas do álbum Divina casca, mas liga as raízes nas antenas que captam a contemporaneidade do som universal. Alvoroço (Rachel Reis, Russo Passapusso e Sekobass) é samba turbinado com a batida da BaianaSystem. “Eu não sou diferente de ninguém / É que tem mel que só na Bahia tem / E há quem venha aqui dizer que quase um de nós / Pra ver se a faísca pega e acende também”, ostenta e alfineta a baiana em Apavoro, pagodão aditivado com o toque do Psirico, grupo personificado no imaginário popular na figura do vocalista e percussionista Marcio Victor. Com o mesmo balanço romântico sensual que embala Noite adentro, faixa produzida por Iuri Rui Branco, a cantora emerge com abordagem contemporânea de Sexy yemanjá (Pepeu Gomes e Tavinho Paes, 1993), música com o qual o velho sempre novo baiano Pepeu Gomes voltou à tona no mercado há 32 anos com mergulho no mar de referências rítmicas do universo da axé music. Em tom mais crítico e politico, mas sem desviar do tom afirmativo e pessoal do repertório autoral, Rachel Reis joga os códigos do hip hop em Tabuleiro (Rachel Reis, Don L, Iuri Rio Branco e Rincon Sapiência), faixa na qual a artista agrega os rappers Don L e Rincon Sapiência, além da cantora baiana Nêssa. Com azeitada produção musical dividida entre Barro e Guilherme Assis (dupla responsável por faixas como O maior evento de sua vida e Furacão, música de Rachel com Mariana Volker), Iuri Rio Brando, RDD (que formatou Aquele beijo com Diogo Strausz) e Tomás Loureiro (produtor de Caju – Noda), o álbum Divina Casca tem unidade, talvez por ter sido inteiramente gravado sob a direção musical da própria Rachel Reis. No todo, o disco roça o bom nível do antecessor Meu esquema, firmando o nome da artista. O canto da sereia continua sedutor. Capa do álbum ‘Divina casca’, de Rachel Reis Érico Toscano / Divulgação